Displasia: guia rápido por Dr Rômulo Braga
18 de outubro de 2016 |Um dos casos clínicos mais recorrentes na rotina de Dr Rômulo Braga, a displasia coxofemoral pode ter seus efeitos atenuados se detectada precocemente pelo exame de Raios-X. “Cães de grande porte são os mais acometidos, porém cães pequenos e gatos também podem apresentar desenvolvimento anormal da articulação coxofemoral”, lembra Dr Rômulo, coordenador do setor de Radiologia do CRV Imagem. Exames preventivos já são recomendados a partir dos 4 meses de idade.
A seguir, Dr Rômulo apresenta os sintomas e as vantagens do check-up para displasia, os diferentes métodos para se chegar ao diagnóstico, os variados quadros clínicos que podem ser confundidos com a doença, e por fim, as variáveis que influenciam o tratamento.
Sintomas:
Check-up: Essencial para Criadores
Hereditária, a única forma de interromper a transmissão da displasia coxofemoral é evitar o cruzamento dos animais afetados, o que torna a identificação da afecção fundamental para os profissionais que criam cães com fins de reprodução. Os criadores devem também acompanhar os filhos, netos e todos os cães descendentes para avaliar se houve expressão da doença que, embora não tenha se manifestado nos pais, fazia parte da sua bagagem genética.
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Vantagens do check-up preventivo:
Proprietários das raças predispostas à displasia coxofemoral (Rottweiler, Pastor Alemão, Golden Retriever, Buldogue, Pit Bull, Fila Brasileiro, para citar algumas) devem fazer o exame de raios-x preventivo com o animal ainda filhote.
Doenças confundidas com a Displasia:
O diagnóstico pode ser alcançado adotando um dos procedimentos abaixo ou ou mesmo combinando alguns deles:
– Exame físico e inspeção do médico veterinário clínico ou ortopedista;
– Radiografias sob anestesia para fins de reprodução, com checagem da identificação por microchip e registro de origem (predigree);
– Radiografias com ou sem anestesia (a depender do estado do paciente) para acompanhamento de osteoartrose de quadril suspeita ou confirmada;
– Métodos institucionalizados de avaliação como ABRV, OFA PenHIPP e Elbow Group;
– Avaliação por teste de DNA.
Próteses e Expectativa de Vida
Quando a doença é cedo detectada, ambiente, alimentação e exercícios podem ser modificados. Em alguns casos, sobretudo em filhotes, até cirurgias corretivas podem ser consideradas. No mais, as próteses de substituição das articulações do quadril já são realidade no Brasil, e em especial no Rio de Janeiro, para os cães mais velhos.
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Dr Rômulo Braga, coordenador do setor de Radiologia do CRV Imagem.
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