O Exame para a Dilatação das Vias Biliares
8 de outubro de 2015 |“Diversas doenças podem acometer as vias biliares, provocando sua obstrução. Motivo pelo qual doenças diferentes causam sintomas semelhantes”, adianta Dr Luciana Amado, Coordenadora do Setor de Ultrassonografia do CRV Imagem. Nesta entrevista, Dra Luciana fala dos sintomas gerados pela dilatação das vias biliares e da contribuição do exame sonográfico para o diagnóstico e tratamento.
O que é a Dilatação das Vias Biliares e seus sintomas?
A vesícula biliar é responsável por armazenar a bile (uma mistura de colesterol, ácidos, sais e produtos residuais) durante o intervalo das refeições. Quando o cão ou gato se alimenta, a bile é liberada para o intestino delgado ajudando na digestão dos alimentos. Já as vias biliares são pequenos tubos de drenagem que transportam a bile do fígado para a vesícula biliar e desta para o duodeno. Diversas doenças podem acometer as vias biliares provocando, de alguma forma, a sua obstrução, motivo pelo qual doenças diferentes causam sintomas semelhantes.
Os sintomas mais frequentes são dores abdominais, fezes com gordura ou de cor clara, urina de coloração acastanhada e icterícia (tom amarelado de pele e mucosas – tais como pavilhão auricular, gengiva e conjuntiva).
O que pode levar a obstrução?
As causas são diversas, de origem hepática ou extra-hepática. As causas extra-hepáticas podem variar de presença de cálculo no ducto biliar, neoplasias (principalmente em duodeno e pâncreas) à pancreatite, particularmente em cães, devido ao edema duodenal em região da papila maior.
Por que o exame sonográfico é o mais adequado para diagnosticá-la?
A ultrassonografia é um exame rápido e de fácil acesso aos clínicos veterinários para investigar os pacientes que estão ictéricos. O contraste das vias biliares com o parênquima hepático facilita a visualização; e o recurso de doppler colorido ajuda a diferenciar as vias biliares da vascularização hepática. Além disso, a ultrassonografia permite guiar corretamente uma agulha fina para coletar uma amostra citológica do fígado caso haja suspeita de neoplasia hepática ou hepatopatia como causa de origem para o processo obstrutivo.
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