Tomografia e Discoespondilite
25 de novembro de 2015 |A discoespondilite é convencionalmente um diagnóstico radiográfico. Mas, nesta análise de caso, Dra Tais Guimarães, da equipe de Tomografia do CRV Imagem, revela por que a Tomografia foi mais adequada para auxiliar no diagnóstico de Billy, o buldogue francês de apenas um ano e meio, que chegou ao CRV paraparético e com muita dor.
A discoespondilite é a forma mais comum de infecção vertebral, acomete o disco intervertebral e as placas terminais adjacentes, normalmente manifestada com quadro de algesia intensa associada à clínica de compressão medular, com diagnóstico diferencial para neoplasias e doença do disco intervertebral (DDIV). Ela tem bom prognóstico quando diagnosticada corretamente e tratada por antibioticopterapia de longa duração.
De forma convencional, a discoespondilite tem sido um diagnóstico radiográfico. Entretanto, deve ser levado em consideração que os sinais clínicos frequentemente precedem os achados radiográficos (que consistem em lise das placas terminais vistas tipicamente em casos mais avançados). A Tomografia Computadorizada é muito mais sensível do que o exame radiográfico em identificar osteólise precoce das placas terminais, mesmo em casos nos quais a lesão óssea é mais sutil.
Embora tenha uma resolução de contraste de tecidos moles menor que da Ressonância Magnética, é ainda possível observar uma hipercaptação pela inflamação dos tecidos e se há compressão medular por efeito de massa.
O caso relatado abaixo demonstra como a tomografia ajudou a evidenciar uma lesão óssea dificilmente visualizada pelo exame radiográfico:
A: Radiografia em projeção lateral da coluna toracolombar de um canino com discoespondilite.
Observe nas imagens abaixo, moderado aumento de volume de tecidos moles adjacentes com hipercaptação promovendo compressão medular (B) além de acentuada lise óssea (C e D).
*Para comparação com a normalidade, veja as imagens menores nos cantos superiores.
Dra Tais Guimarães
Imaginologista do CRV Imagem
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