Raios-x para a Síndrome dos Braquicefálicos
1 de outubro de 2015 |Cães e gatos cansados, roncando e vibrando acordados ou dormindo são sinais da Síndrome dos Braquicefálicos, que prejudica a respiração normal e atinge animais de focinho curto.
Dr Rômulo Braga, Coordenador do Setor de Radiologia do CRV Imagem, fala do papel do exame de raios-x no diagnóstico da síndrome e da importância da comunicação entre o clínico e o radiologista para o melhor tratamento.
O que é a Síndrome dos Braquicefálicos e seus sintomas?
A Síndrome Braquicefálico é um conjunto de causas que podem prejudicar a respiração. São má formações comuns em algumas raças de cães e gatos de focinho curto. Ela se caracteriza por uma ou pela associação de mais de uma modificação congênita, que tende a dificultar a passagem de ar pelo nariz, boca e garganta.
Narinas muito estreitas, redução da passagem de ar através das cavidades nasais curtas, céu da boca “muito longo e grosso”, alteração da função normal das estruturas de passagem do ar na garganta, traqueia mais estreita que o normal para entrada e saída do ar são algumas das mudanças da anatomia que podem acontecer na síndrome. Em geral, os pacientes cansam facilmente sob exercício, temperatura e stress, roncam e vibram ao respirar (em casos mais graves, isso acontece até enquanto dormem), e podem tossir e até ficar arroxeados e desmaiar, reduzindo a qualidade de vida e trazendo outras doenças cardio-respiratórias.
Quais as raças mais acometidas pela Síndrome dos Braquicefálicos?
Dentre os cães, Bulldogs Ingleses e Franceses, Shih Tzu, Lhasa Apsos, Pugs, Boxers, Pequineses são as raças de focinho curto mais acometidas, enquanto nos gatos, os Persas, Himalaios e Burmeses são os mais afetados.
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Por que o exame de raios-x é o mais adequado para diagnosticá-la?
A radiografia do pescoço e cabeça é o método de investigação inicial para a Síndrome dos Braquicefálicos. Através das radiografias pode-se acessar os espaço de passagem do ar pela boca, nariz e garganta.
Entretanto, muitos detalhes precisarão de um exame físico bem minucioso do veterinário clinico, às vezes até sob anestesia. Por isso, tão importante quanto radiografar é passar pelo clinico geral para que ele possa avaliar e detectar muitas características desse quadro. Inclusive, a partir dessa análise, o clínico pode inclusive escolher examinar também o tórax pelos raios-x.
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