Gatos e PIF (parte 1)

Dra Cristiane Vega, ultrassonografista do CRV Imagem, volta ao Blog para discutir os felinos e a vilã Peritonite Infecciosa Felina, a PIF. A entrevista foi dividida em duas partes (parte 2 aqui). Neste primeiro segmento, Dra Cristiane fala da contribuição da ultrassonografia para o diagnóstico da doença, os sinais sonográficos a que os clínicos devem ficar atentos e as raças mais predispostas a desenvolver a doença.

 

Dra Cristiane, é possível através da ultrassonografia diagnosticar a PIF?

Apesar de ultrassonografia não poder diagnosticar a PIF, ela pode sim contribuir com informações importantes para os felinos com ou sem suspeita da doença. O exame sonográfico é capaz de apontar sinais antes mesmo das manifestações clínicas mais expressivas, sobretudo em relação à PIF em sua forma seca. Filhotes e gatos com menos de 4 anos são os mais acometidos.

 

Como a ultrassonografia pode contribuir nestes casos?

A partir de achados sonográficos associados a sintomias, idade e origem do paciente, o ultrassonografista pode direcionar o clínico a concluir se aquele paciente é ou não um potencial portador de PIF ou auxiliá-lo a considerar ou não a inclusão da doença como um diagnóstico diferencial.

 

A quais sinais sonográficos devemos ficar atentos?

Alguns sinais sonográficos importantes como linfonodomegalia mesentérica generalizada ou não, efusões pleurais, abdominais e pericárdicas, formações intestinais com perda de estratificação de camadas em gatos com menos de 4 anos, derrame subcapsular renal, alterações mesentéricas, entre outros, quando encontrados principalmente em pacientes supostamente de risco, são indicativos de alerta.

 

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Quais animais estão mais predispostos?

Gatos de qualquer idade, raça ou sexo podem desenvolver a doença. No entanto, gatos de colônia, gatis e raças puras estão mais predispostos, assim como filhotes e gatos com menos de quatro anos de idade. Gatos idosos acima de 10 anos também estão vulneráveis devido à função imunitária suboptima. Gatos portadores de FIV e FELV também são candidatos a desenvolver a Peritonite Infecciosa Felina.

 

Confira a segunda parte desta entrevista!

 

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