A Cardiomiopatia Hipertrófica e os Felinos

Assintomática, a cardiomiopatia hipertrófica costuma ser descoberta em seus estágios mais avançados. Dra Luciana Duque, veterinária com especialização em Cardiologia no CRV Imagem, discute os sintomas, os meios de diagnóstico e a prevenção a essa doença que acomete sobretudo os felinos de raça pura.

 

Olá, Dra Luciana, o que são as cardiomiopatias e o que caracteriza a do tipo hipertrófica?
As cardiomiopatias são as principais afecções cardíacas dos felinos. Dentre elas, a cardiomiopatia hipertrófica é a mais comum. Caracteriza-se pelo aumento da espessura do músculo ventricular, diminuição da cavidade ventricular, com alteração de relaxamento.

 

Quais as raças mais acometidas?
Acomete principalmente animais de raça pura, como Maine Coon, Persa e Ragdoll, mas pode acometer felinos de outras raças e, inclusive, os sem raça definida. É frequentemente relatada em gatos machos de meia idade, mas também pode ocorrer em fêmeas,  animais jovens ou idosos.

 

E os sintomas?
A doença pode ficar por muito tempo assintomática até evoluir de maneira grave e apresentarem sinais de insuficiência cardíaca congestiva (dificuldade respiratória, diminuição de atividade física) e/ou de fenômenos tromboembólicos (paralisia aguda de membros, dor, membros frios).

 

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E que exame é usado para se chegar ao diagnóstico?O diagnóstico é realizado pelo exame ecocardiográfico que, por ser um método não invasivo e que avalia a função e estrutura cardíaca, é o melhor método para distinguir a cardiomiopatia hipertrófica das demais cardiopatias felinas.

Pela ausência de sinais clínicos prévios, o diagnóstico muitas vezes ocorre em estágios bastante avançados. Com isso, o check-up periódico pode ser uma ferramenta para detecção e acompanhamento em estágios iniciais da doença.

 

Dra Luciana Duque, do CRV Imagem.

 

 

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