Biópsia por Ultrassom: tudo sobre aspiração por agulha fina e coleta por tru-cut
28 de março de 2017 |Ultrassonografista e Radiologista do CRV Imagem, Dra Mariana Andruchaki de Souza explica neste breve artigo as vantagens, pequenos riscos, limitações e indicações das duas técnicas de biópsia guiada por ultrassom: a aspiração por agulha fina e a coleta de material por tru-cut. “São métodos pouco invasivos e seguros para auxiliar no diagnóstico de diversas patologias”.
Biópsia guiada por ultrassom
A coleta de material guiada por ultrassonografia é um método frequentemente utilizado na avaliação diagnóstica dos pacientes. Existem dois métodos comumente utilizados na Medicina Veterinária: a aspiração por agulha fina e a coleta de material por tru-cut.
A aspiração por agulha fina (citologia) tem a vantagem de exigir mínima ou nenhuma sedação, com risco mínimo de complicações. No entanto, as informações obtidas podem ser inconclusivas ou incompletas.
As amostras de biópsia pot Tru-cut (histopatologia) são geralmente mais precisas do que as amostras de agulha fina, mas requerem algum nível de anestesia e têm um risco maior de complicações dependendo do sistema de órgãos amostrado. Independentemente disso, a biópsia por tru-cut é considerada um procedimento geralmente seguro, com risco mínimo.
Dependendo do órgão aspirado e dos processos da doença, o rendimento e a precisão diagnósticos podem variar muito entre os procedimentos. O clínico deve estar ciente das limitações e benefícios de cada procedimento com o órgão e do processo de doença suspeita em questão.
Benefícios
– A biópsia por ultrassom é menos invasiva do que a biópsia cirúrgica, deixa pouca ou nenhuma cicatriz e pode ser realizada em menos de uma hora;
– A biópsia guiada por ultrassom fornece de forma confiável amostras de tecido que podem mostrar se uma lesão é benigna ou maligna;
– A biópsia por ecografia é menos dispendiosa que outros métodos de biópsia;
– O tempo de recuperação é breve e os pacientes podem logo retomar suas atividades habituais.
Pequenos Riscos
– Existe o risco de hemorragia e formação de hematoma ou de recolha de sangue no local da biópsia. O risco, no entanto, é mínimo, e geralmente quando ocorre, não resulta em maiores problemas;
– Um paciente ocasional tem desconforto significativo, que pode ser facilmente controlado por medicação.
Limitações
– O método de biópsia guiada por ultrassom não pode ser utilizado a menos que a lesão possa ser vista em um exame de ultrassonografia;
– As lesões muito pequenas podem ser difíceis de alvejar com precisão.
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Indicações
– Formações sólidas suspeitas;
– Alterações na estrutura normal do tecido;
– Área de alteração tecidual;
– Órgãos mais comuns: fígado, linfonodos, baço, rins, pulmão, tireóide;
– Pesquisa de metástases.
Dra Mariana Andruchaki de Souza, da equipe de RX e US do CRV Imagem.
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