A radiografia de um projeto
15 de julho de 2015 |A arquitetura para projetos da área de saúde, sejam eles hospitais, clínicas veterinárias ou centros de imagem, exigem dos arquitetos conhecimento técnico e jogo de cintura para driblar equipamentos grandes demais, espaços de menos e aquela inevitável ambiance fria e asséptica, característica destes recintos.
As arquitetas Lucille Fortunato e Alessandra Andreoli, sócias do escritório Andreoli e Fornatunato, são responsáveis pela arquitetura do CRV desde a abertura da primeira unidade na Barra da Tijuca, em 2008. Nesta entrevista, elas contam como conseguiram atender às exigências técnicas do CRV – como aquela que pedia um tomógrafo no meio da sala! – sem perder de vista a estética dos projetos.
Oi, Lucille a Alessadra. Vamos começar falando um pouco sobre vocês. Qual é a proposta do Andreoli & Fortunato?
Nos conhecemos ainda na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da URFJ, em 1999. Os projetos residenciais são espacialidade da Alessandra Andreoli, enquanto Lucille guarda extenso know-how em grandes projetos corporativos. Desde 2010, o escritório atua no Rio de Janeiro e São Paulo, nas áreas residencial, comercial corporativa, com projetos de arquitetura e interiores contemporâneos e funcionais, preservando sempre a individualidade do cliente.
Qual foi o briefing passado pelo CRV para os projetos das unidades?
O nosso primeiro projeto para a CRV se iniciou em 2007, com a abertura da unidade da Barra da Tijuca, em 2008. A ideia naquela primeira clínica era de inovação na área de exames para animais, sendo que o personagem principal do projeto foi o tomógrafo. Eles queriam algo bonito e funcional com um custo que não fosse elevado. Optamos por trabalhar com materiais simples, mas que dessem identidade a cada espaço. Nas unidades que vieram em seguida, Copacabana e Niterói, mantivemos a mesma cara da Barra da Tijuca, porém o projeto foi aperfeiçoado em alguns detalhes.
Mantivemos as mesmas cores das paredes das salas de exames iguais em todas as filiais para preservamos a unidade entre elas. Então, um cliente que frequenta a clínica da Barra, Copacabana ou de Niterói, ao entrar na sala de raios-x ou ultrassom, encontra a mesma cor, o que acreditamos que gere uma identificação. Em Niterói temos o diferencial da varanda de convivência, onde os donos e seus animais podem ficar mais à vontade aguardando serem chamados para fazer o exame. Ali, os animais têm um espaço confortável com bebedouro e “pipi room”, e seus donos podem se servir em um mini café.
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Quais os maiores desafios técnicos?
O maior desafio técnico foi, sem dúvida, encaixar o tomógrafo dentro das salas nos projetos da Barra e de Niterói. Ele sempre foi a nossa maior dificuldade devido ao seu tamanho, suas exigências e especificações. Além do tomógrafo, nas três clinicas, trabalhamos com espaços limitados para as demais salas de exame, porém elas sempre foram pensadas de forma que a disposição dos equipamentos primasse pela excelência na qualidade do exame e deixasse o médico, o proprietário e o animal com conforto e segurança.
Como vocês contornaram esses desafios, sem perder de vista a questão estética?
A principal questão foi a disposição dos equipamentos, a circulação pela sala onde eles foram instalados e a marcenaria que serve de apoio para o médico. As salas de exame não contém muita informação, somente o equipamento de exame e marcenaria, então utilizamos nas paredes cores diferentes em cada sala de exame.
Abaixo, detalhes do projeto do CRV Imagem de Icaraí.
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