Tomografia e Síndrome Vestibular Periférica

Dra Tais Guimarães, radiologista veterinária do CRV Imagem, esclarece como a Tomografia Computadorizada pode ajudar o clínico a diagnosticar Otite média-interna ou Doença Vestibular Idiopática do Cão Idoso (Labirintite do Cão idoso).

 

Dra Tais Guimarães, como diferenciar as diferentes causas de Síndrome Vestibular Periférica?

Considerando as possíveis causas de Síndrome Vestibular Periférica (SVP), os dois principais diagnósticos diferencias são a otite média-interna e a doença vestibular idiopática do cão idoso.

Em casos de otite média-interna, a avaliação das bulas timpânicas pela tomografia computadorizada proporciona importantes informações ao revelar fluido preenchendo o interior da bula timpânica e do ouvido interno, além de avaliar efeitos secundários (esclerose, espessamento e lise da bula, calcificação ou estenose do conduto externo, invasão para a cavidade encefálica). Seu tratamento consiste em manejo clínico e/ou cirúrgico, podendo incluir longo período de antibioticoterapia.

Já pacientes com Doença Vestibular Idiopática do cão idoso (segunda causa mais comum de disfunção vestibular periférica em cães) têm seu diagnóstico associado à exclusão de outras possíveis causas. Trata-se de uma afecção autolimitante, requerendo apenas um tratamento de suporte, com melhora em poucos dias e resolução estimada entre 3 e 4 semanas.

 

Por que a Tomografia é tão importante no direcionamento desses casos?

O diagnóstico da Síndrome Vestibular Periférica (SVP) é baseado no histórico e avaliação neurológica do paciente, porém a determinação exata da etiologia para estipulação do melhor tratamento é altamente dependente de exames de imagem, dentre os quais a Tomografia Computadorizada, que é de grande valia por ser comprovadamente um método superior à avaliação radiográfica do ouvido médio. Uma vez que o manejo e tratamento são absolutamente distintos e vinculados à causa, o diagnóstico preciso é fundamental.

 

 

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