Massas Torácicas: combinando RX e Tomografia

A Tomografia Computadorizada para avaliação da cavidade torácica revolucionou o diagnóstico e a terapêutica na medicina veterinária. A tomo é capaz de informar a origem da massa, suas características e identificar focos metastáticos. Nesta entrevista, Dr Mauro Caldas, coordenador do setor de Tomografia do CRV Imagem e membro do Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária, explica por que é imprescindível para o clínico e o cirurgião complementarem o exame de Raios-X com a imagem tomográfica.

 

Dr Mauro, quais as principais causas para massas torácicas vistas no exame de Raios-X?

Diversas situações podem provocar a formação de massas no tórax, desde cistos — que, embora benignos, podem comprimir estruturas importantes como vasos ou vias aéreas — até tumores malignos bastante agressivos. Além daquelas situações que simulam a presença de massas mas não as têm, como efusões localizadas.

 

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Tomografia: identificação precisa da origem da massa.

 

Por que usar é importante complementar o RX com a Tomografia?

São muitos os motivos. O primeiro deles é para que se tenha certeza sobre a origem da massa. Os Raios-X nem sempre nos fornecem com precisão se a massa tem origem em mediastino, pulmão, pleura ou parede torácica. A tomografia é mais certeira sobre quais estruturas estão comprimidas ou invadidas no entorno da massa, facilitando a decisão sobre a viabilidade e urgência de uma intervenção. A tomo ainda nos informa se a massa é sólida e vascularizada, além de permitir avaliação mais sensível e específica de focos metastáticos pulmonares ou linfáticos, nos casos de neoplasias malignas.

 

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É possível tratar cirurgicamente uma massa torácica?

Independentemente da origem, cada caso é único, e a decisão deve ser levada ao tutor  pelo clínico, cirurgião e oncologista, em conjunto. A definição deve se basear, entre outros fatores, nas imagens tomográficas, que mostram os reais limites, origem, invasões e compressões de estruturas adjacentes.

Hoje, temos ótimos cirurgiões com experiência em cirurgia torácica, que precisam de ferramentas para decidir como e quando intervir. E o fato de não ter sido possível operar um paciente não significa que um outro não terá absoluto sucesso, quando apoiado sobre um planejamento completo e cuidados.

 

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