Caso Nino: como a TC ajudou Dra Simone a salvar seu paciente

Primeiro meio de diagnóstico avançado adotado pela Veterinária, a Tomografia Computadorizada tem representado um progresso inestimável para a qualidade de vida dos animais. Para ilustrar como a Tomo tem possibilitado inúmeros diagnósticos e um planejamento cirúrgico mais preciso, convidamos Dra Simone Cunha, médica veterinária da Oncopet.

Em 2010, Dra Simone atendeu Nino, um gatinho que regurgitava todo alimento sólido que comia. Radiografias e endoscopias já haviam identificado uma massa óssea na entrada do tórax, e tanto a médica quanto a dona esperavam o pior. Um último pedido de exame no CRV Imagem e a história de Nino pôde ser reescrita.

 

Oi, Dr. Simone, antes de falarmos do Nino, conte-nos um pouco sobre sua trajetória profissional.

Dra Simone: Assim que me graduei pela UFF, em 2005, fui trabalhar na Clínica Gatos e Gatos, especializada em tratamento de gatos. Lá, comecei a me interessar por oncologia, já que o câncer é muito frequente na rotina.

Em 2009 e 2013, defendi pela UFF o mestrado e o doutorado, respectivamente, ambos com foco de pesquisa o tratamento do câncer de pele em gatos através de radioterapia. Atualmente, faço pós-doutorado pela UFF sobre o câncer de mama em gatas.

Desde 2011, fundei a Oncopet, clínica especializada no tratamento do câncer em cães e gatos através de cirurgia, radioterapia, quimioterapia, eletroquimioterapia, dentre outros.

 

Geralmente, em que casos você costuma pedir a tomografia?

Solicito a tomo na maior parte dos casos em que a radioterapia é indicada como parte do planejamento radioterápico (delimitação do campo a ser irradiado).  Em muitas situações, também peço para ajudar no planejamento de cirurgias complexas (incluindo as de fígado, face, torácicas). Além disso, a tomografia me ajuda a descartar possíveis metástases (em tórax, abdômen ou linfonodos regionais) de tumores para que eu possa indicar o melhor tratamento para cada caso.

 

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Vamos falar do Nino: como e quando o caso chegou até você? Qual era o quadro clínico dele?

Atendi o Nino em 2010 com quadro de regurgitação de todo alimento sólido que comia. Descobrimos na época, através de radiografias e endoscopia, que ele apresentava uma grande massa óssea na entrada do tórax, que empurrava e comprimia o esôfago e a traquéia. Ele tinha estenose esofágica severa e apresentava desnutrição grave e progressiva, além de dificuldade respiratória. No entanto, após consultar vários cirurgiões, acreditava que a massa não era passível de ser operada, por ser um provável osteossarcoma (tumor extremamente agressivo), estar em um local delicado (dentro do tórax) e não termos uma delimitação precisa da massa (não sabíamos exatamente de onde ela saía, a que estruturas torácicas estava aderida).

 

O que a tomografia feita no CRV Imagem te ajudou a ver? Por que foi importante?

A tomografia foi imprescindível para o tratamento, pois através dela pude descobrir que a massa era bem delimitada — saía da segunda costela — e não aderida a nenhuma estrutura. Com isso, eu e a proprietária do Nino decidimos operar. Após uma cirurgia longa e complicada, deu tudo certo.

 

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E como o Nino está hoje?

Curado! A massa era um osteoma, tumor benigno. Nino está ótimo e vem só para exames de rotina. Desde 2010 pra cá, engordou bastante e, hoje, pesa cerca de 6kg.

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