Subluxação Atlanto-Axial e os Exames de Imagem

Dr Mauro Caldas, coordenador do setor de Tomografia do CRV e membro do Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária, esclarece o papel dos exames de imagem no diagnóstico, tratamento e pré-cirúrgico dos casos de subluxação atlanto-axial e explica por que, em alguns casos, a tomografia deve complementar o exame de raios-x. Confira!

 


Dr Mauro, o que é subluxação atlanto-axial?

A instabilidade atlanto-axial leva a uma movimentação excessiva da articulação, acarretando em compressão da medula espinhal responsável pela manifestação clínica. Essa patologia acomete mais comumente cães jovens, de raças pequenas.

A subluxação atlanto-axial pode ser congênita ou adquirida e ocorre com as seguintes condições: agenesia ou hipoplasia do dente do axis (causa mais comum), ausência do ligamento transverso, não-união do dente ou até mesmo trauma.

 


Qual a função do exame de imagem nesses casos e por que é aconselhável combinar os raio-x com a tomografia?


O papel da imagem é diagnosticar a subluxação através da identificação da possível causa: agenesia, má formação, fratura do processo odontóide.

Nos casos de subluxação por lesão ligamentar, não é possível visualizar ligamentos nos raios-x; vemos apenas o afastamento das duas estruturas (atlas e axis) com um processo odontóide preservado. Algumas vezes os raios-x conseguem, sozinhos, caracterizar a subluxação, mas muitas outras somente com a ajuda da tomografia.

A tomografia permite quantificar melhor o grau de compressão medular e direcionar o cirurgião/clínico o tratamento adequado, além de auxiliá-lo também no planejamento cirúrgico. No pré-operatório, a tomo garante mais segurança ao profissional quando revela as diversas medidas da espessura óssea na qual haverá a fixação.

 

 

As imagens são exames de RX de um Chihuahua de 1 ano de idade com subluxação atlanto-axial.

CRV-Subluxacao-Corpo

 

 

Abaixo, imagens tomográficas de Anjinho, Maltês, de 1 ano de idade, com dor e tetraparesia após banho.
Embora o RX dê conta de fechar o diagnóstico, em alguns casos, quando a suspeita e o histórico de subluxação não são tão claros, o caso pede a tomografia, sobretudo para se descartar hérnia de disco, trauma ou até mesmo processo inflamatório.

 

 

 

Colaborou: Dra Tais Guimarães, do setor de Tomografia do CRV Imagem. 

 

 

Comentários

comentários